quarta-feira, 30 de abril de 2008

Plano de Mobilidade para o Concelho da Trofa

Estava eu a ler sobre o "alegado" crescente desenvolvimento do Concelho da Trofa quando me saltou à mente pensar no que mudou nos últimos 10 anos e mais concretamente no que concerne ao desenvolvimento do Concelho da Trofa.
Ora, estamos em 2008, ano em que comemoramos 10 anos de existência como Concelho e está portanto na altura de pensar no que foi feito até então, de modo a se projectarem metas, objectivos e estratégias para o futuro. É com este pensamento que olho para o básico do crescimento e desenvolvimento. Na minha opinião, o elemento mais basilar do desenvolvimento é sem dúvida a mobilidade das populações, dos produtos e afins. Senão vejamos, eu para fazer compras e conhecer os vários produtos/serviços que posso consumir tenho de me deslocar aos locais onde esses produtos estão disponíveis. Este é um princípio básico, isto é, estruturante do pensamento que aqui pretendo transcrever.
Ao referir a palavra deslocação, falo em movimentação de populações, que necessita de uma rede de infra-estruturas eficaz e eficiente, que permita às populações se movimentarem à vontade. É precisamente neste ponto que olho para a Trofa e observo que tudo falha neste capítulo. Senão vejamos.
A cadeia de transportes públicos que opera na Trofa é insuficiente, obrigando um qualquer cidadão da Gandra, por exemplo, a mover-se de carro, gastando para isso combustível, congestionando o centro da Trofa e poluindo tanto ao nível do ar como a nível sonoro. É claro que há autocarros, pensam vocês, mas estes apenas se apresentam de hora a hora, revelando-se portanto insuficientes. No entanto, penso que neste capítulo o mais importante é a crescente escalada do preço dos combustíveis, pelo que gastar combustível é preocupante tanto para a carteira dos utentes como para o ambiente. Penso mesmo que aqui haverá uma janela de oportunidade por parte da Câmara. Deixo a pergunta e o desafio, porque não aproveitar esta escalada de preços dos combustíveis para tirar carros da congestionada Rotunda do Catulo, investindo para tal numa rede de transportes públicos exclusivamente trofense?
Outro ponto de foco importantíssimo para esta mobilidade é mesmo o Metro do Porto. Prometido já vai para 10 anos, ainda não chegou à Trofa, fazendo da Estação da Trofa, como Jaime Toga afirmava à uns dias a "… bizarra e certamente candidata ao "prémio" da Estação com piores condições…". Em relação à Estação propriamente dita tenho apenas a dizer que existem várias formas de fazer a mesma coisa, neste caso, a Câmara escolheu a pior de todas. Voltando ao metro, bem sei que a culpa não é inteiramente da Câmara Municipal e até parece que tal já foi "resolvido". Mas o facto é este, 10 anos passaram e metro na Trofa não se viu nada, e é isso que as pessoas vão julgar nas próximas autárquicas.
Para último, deixo o mais importante de todos eles. As variantes rodoviárias. Eu gostava de acreditar que tal também já foi resolvido e que elas estão em marcha. Mas confesso que não se pode fechar mais os olhos à insuportabilidade do trânsito em horas de ponta na Rotunda do Catulo. Chega a ser desesperante, e o pior é que as alternativas estradas municipais são um autêntico teste a amortecedores. Aqui gostava de referir que, embora o paralelo seja mais barato, não é certamente a melhor forma de pavimento que se possa introduzir em vias que se querem alternativas, pelo menos quando faltam as variantes aos utentes que usam a Nacional 14 e Nacional 104 numa base diária de acesso aos seus locais de trabalho ou então para ligação, transporte e distribuição de mercadorias.
Depois de exposto os meus pontos de vista, penso deixar aqui uma ideia. A criação de um plano concelhio de mobilidade aliado, claro está, ao plano director municipal (que a sua inexistência é sem dúvida uma vergonha e uma falha "esquisita" dos dirigentes autárquicos da Trofa). Este plano concelhio de mobilidade, terá obrigatoriamente de ter uma projecção de longo prazo prevendo-se nele, desde logo, alternativas viáveis sempre que a primeira opção não for possível de executar.
Creio que este sim, poderá ser um investimento de futuro catalisador do desenvolvimento, crescimento e até no domínio da atractividade da Cidade e do Concelho da Trofa como local para se viver e se investir.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Querem-se novos políticos

À uns dias, estava em conversa com um amigo acerca das eleições para o PSD. Estávamos a discutir candidatos e o colega profere as seguintes palavras, "...o Alberto João é claro que rouba, mas vai-se a ver e fez muito pela Madeira...". Mais à frente, diz o seguinte "...eu se estivesse no poder, é claro que se pudesse ia metendo algum ao bolso, só não o faz quem é burro. Aliás, se os outros o fazem, porque não haveria eu de fazer?" Eu pergunto, será que a obra de Alberto João o desculpabiliza de tirar proveito próprio de forma ilícita? E ainda, se alguém se atirar abaixo da ponte, será que eu também me atiro? A resposta é mais do que óbvia e nem vale a pena clarificá-la.
No entanto, confesso que perante estas frases me sinto um pouco estúpido. Será que sou o único que pensa que a honestidade ainda leva a algum lado? Será retrógrado pensar e defender que a política serve, apenas e só, como forma de criar vantagens para os outros e nunca em proveito próprio?
Mas é por frases como aquelas, sintomáticas em relação ao estado da política em Portugal, que me levam, cada a vez mais a afirmar que, apesar de gostar de política, esse é um mundo para o qual não estou preparado e com o qual estou cada vez mais desiludido. De facto, sou daqueles que concorda com os que dizem que a política nunca deveria ser uma profissão, deveria sim, ser um hobbie acabando-se assim com o crescente vício pelo poder.
Passando para o tema do momento, algum dia Alberto João Jardim é um bom candidato para o PSD? Alberto João na presidência do PSD era a cereja no topo do bolo da descredibilização política e nacional do PSD. Já tivemos a via populista sem conteúdo de Santana e Menezes, e vemos agora o resultado disso. Contra mim falo pois apoiei estes dois senhores, mas existe maior virtude do que reconhecer que erramos? Aliás, nem percebo, como Santana, o político mais descredibilizado em Portugal, ainda consegue ser candidato à liderança do partido. Em minha opinião, ele é viciado em poder e não percebe nada do que é o marketing político. Deveria seguir o exemplo de Paulo Portas. Soube resguardar-se quando a conjuntura assim o exigiu e soube escolher (ou deram-lhe a informação) de que aquele seria o timing perfeito para regressar á vida política.
Em conclusão, queria apenas referir que o caso de Jardim e de Santana são apetrechados daquilo que eu acho que a vida política é e não deveria ser. Uma luta de lobos que tem apenas um objectivo, o poder em proveito próprio. Enfim, querem-se novos políticos.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

"Abril" hoje...


De facto, Abril é muito mais do que apenas mais um mês. É símbolo de espírito, é conquista, é fundamentalmente o ícone da mudança em Portugal. Mas o que representa hoje o 25 de Abril de 1974?
Penso que aquilo que o Presidente da República revelou no discurso comemorativo do Dia da Liberdade não espanta ninguém. Pelo menos àqueles que, como eu, vivem numa base realista. A geração que ainda não atingiu as duas dezenas de idade anda por estes dias muito mais preocupada com Morangos com Açúcar e apressada em crescer sem querer conquistar as coisas mais simples da vida, pois creio que também aí haja aquilo que "Abril" me transmite.
"Abril" não é para mim liberdade, democracia. "Abril" é para mim esperança, perseverança, espírito de conquista e acima de tudo coragem de lutar pelos nossos sonhos, contornando os obstáculos e atingindo-os. Penso que é para isso que lutaram pessoas como Álvaro Cunhal, Sá Carneiro, Salgado Zenha, Zeca Afonso, Salgueiro Maia, etc, etc, etc... A todos eles, os portugueses devem agradecer todos os dias o país onde vivem, daquilo que desfrutam. Mas acho que não haverá melhor forma de honrar todos aqueles que fizeram e criaram "Abril" do que perante a adversidade não deitar a toalha ao chão e "...contra os canhões marchar...".

"Abril" não é recordar o passado, "Abril" é honrar o passado conquistando, diariamente, o futuro.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Tele-escola para políticos



Vi este vídeo no www.empreender.blogspot.com do professor Vasco Eiriz e penso, em tempos de crise, porque não rir um pouco há custa disso!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Mulher ao poder


Ao ouvir a notícia de ontem de que Manuela Ferreira Leite será candidata à liderança do PSD ocorreram-me dois pensamentos.

Primeiro que finalmente aparece alguém que não seja apenas "o menos mau de todos", alguém que conhecemos, alguém que nunca mentiu perante os portugueses, alguém que assume as suas responsabilidades como ninguém.

Em segundo, uma pessoa de força, pulso e competência comprovadas para pegar num partido em grave crise existêncial.

É certo que não fará milagres, porque santos milagreiros não existem, mas de entre todos aqueles que se querem apoderar da liderança do PSD, acredito que ela é a das poucas que sente verdadeiramente a camisola.

Aguardam-se novos capítulos...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Os novos pecados...

A cada vez mais hipócrita Igreja Católica decidiu renovar a sua lista de pecados capitais. Aos 7 pecados já conhecidos (gula, luxúria, avareza, ira, soberba, vaidade, preguiça) vêm agora juntar-se os seguintes 6:
Fazer modificações genéticas;
Poluir o meio ambiente;
Causar injustiças sociais;
Causar pobreza;
Tornar-se extremamente rico;
Usar drogas.

Devo confessar que apesar de achar isto triste, até me fez rir. Respeito os religiosos, mas é inegável que a Igreja, enquanto instituição se torna cada vez mais ridícula. Nem vou falar das mentiras, nem do facto de a Igreja ser a maior assassina da história, nem vale a pena mencionar os casos de pedófilia entre os padres, que é do conhecimento geral, e tantos outros aspectos que fazem desta uma instituição podre.
Mas de facto, reconheço que desta vez me surpreenderam...
Ora depois de séculos a roubar e a acumular ouro e riqueza, sendo a Igreja uma instituição milionária, estando os padres cobertos de anéis e colares de ouro, sendo o Papa o chefe de um estado que pertence exclusivamente à Igreja Católica, rodeado de ouro e opulência por todo o lado, a Igreja lembrou-se agora de fazer da riqueza excessiva um pecado.
Ora disto só se pode concluir que os padres vão todos para o inferno. Aliás, se o Papa não levanta o santo rabo do seu trono e doa o seu palácio aos pobres (pouco provável, não?) ainda acaba por ter o mesmo destino...

Há coisas irónicas, não há? Peço desculpa aos crentes que possam ler este post, mas quem diz a verdade não merece castigo... a não ser que isso também passe a ser um pecado capital... :x

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Nostalgia... II



Há um ano foi assim.

A Amnistia Internacional (AI) divulgou ontem um relatório sobre a pena de morte no mundo, em que regista 1252 execuções em 2007, surgindo a China em primeiro lugar com 470 mortes. O Irão aparece em segundo lugar com 317 execuções e a Arábia Saudita em terceiro, com 143. No balanço da AI, intitulado Sentenças de morte e execuções em 2007, 22 países aplicaram no ano passado a pena de morte, estando a esmagadora maioria situada na África, Médio Oriente e Ásia. Os EUA continuam a ser o único país ocidental onde se verificam execuções, tendo sido mortas 42 pessoas em 2007.

É ainda referido que três países condenaram à pena máxima menores de idade: o Irão, com três casos, a Arábia Saudita e Iémen, com um cada. Numa destas situações, no Irão, a pena foi executada quando o condenado era ainda menor. A AI chama a atenção para o facto de Pequim não divulgar estatísticas das execuções, o que significa ser o número de 470 "um valor mínimo". A organização cita uma outra estimativa, a da Fundação Dui Hua, sediada nos EUA, que coloca o número de execução em seis mil pessoas. A AI nota que a dimensão do país e a estratégia de secretismo do Governo chinês dificulta o conhecimento do número exacto de execuções.

Quanto às condenações à morte na China, o relatório da AI regista 1860 casos. A ONG sublinha, por outro lado, um desenvolvimento legal importante no contexto dos direitos humanos neste país, que é a possibilidade de recurso das sentenças de morte para o Supremo Tribunal Popular, instância jurídica máxima.

No plano internacional, a AI regista, pelo menos, 3347 condenações à morte em 51 países. De novo, estes números são dados como valores mínimos.Outro ponto abordado no documento da AI, o número de condenados a aguardarem execução, esta organização, cruzando o trabalho de outras ONG e de notícias nos media, estima que o seu número se situe entre os 18 311 e os 27 562.



Por Jorge Maia em www.dn.pt

terça-feira, 15 de abril de 2008

Eleições Italianas

Ele está de volta, numa Itália que precisa urgentemente de ver políticas estáveis e políticos sérios. Não sei porquê, mas não sei se este será o melhor caminho. Mas pelo que li, tal como em Portugal, este parece ser o "menos mau de todos".

Weekend Off II

AAAAHHHHHH...Foi assim que fiquei, boquiaberto a olhar para a dimensão, imponência e incontornável beleza da cidade de Florença. Mais que uma viagem inesquecível, um destino a revisitar.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sucesso


Nem sempre é fácil conviver com o sucesso a nível desportivo, e não é só porque as taças ocupem muito espaço. Acontece que o sucesso de uns resulta inevitavelmente no insucesso de outros. E é por isso que um dos maiores inimigos do FC Porto, e de Pinto da Costa em particular, é precisamente o seu sucesso, reiterado. Ou mais precisamente, o insucesso que impõe aos outros, reiteradamente. Especialmente quando os outros são sete ou oito milhões de almas. Penadas, neste caso. Por outras palavras, se os outros não fossem tão mal sucedidos na gestão desportiva dos respectivos clubes, tal como o sucesso do FC Porto impõe que sejam, não teriam tanta necessidade de atacar os agora tricampeões nacionais, nem sentiriam a urgência de descredibilizar um negócio que, claramente, não dominam. Nesse sentido, a conquista do tricampeonato não deixa de ser uma notícia preocupante para o FC Porto. Afinal, ser campeão três vezes consecutivas significa prolongar por três temporadas o insucesso dos outros o que, numa lógica de progressão geométrica, implica o crescimento exponencial do descontentamento entre os adeptos dos clubes adversários e da necessidade de os respectivos dirigentes se desculparem. Por muito estafadas que estejam as desculpas. Em contrapartida, tal como diz Bosingwa aqui ao lado, desta vez o mérito do triunfo do FC Porto foi tão claro, que ninguém vai conseguir encontrar desculpas. O que não impede que tentem.


Por Jorge Maia em http://www.ojogo.pt/

domingo, 6 de abril de 2008

Aos Portugueses...

Depois de uma fantástica tarde de Domingo passada no passeio Alegre da Póvoa do Varzim, há uma questão que tenho para lançar.

Será que eu é que estou mal para com os meus gostos em roupa, ou a crise económica que se vai vivendo afectou de tal forma os portugueses que já não há dinheiro para se comprar um simples espelho?

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O empreendedor.


"Empreendedor é o termo utilizado para qualificar, ou especificar, principalmente, aquele indivíduo que detém uma forma especial, inovadora, de se dedicar às actividades de organização, administração, execução; principalmente na geração de riquezas, na transformação de conhecimentos e bens em novos produtos – mercadorias ou serviços; gerando um novo método com o seu próprio conhecimento. É o profissional inovador que modifica, com sua forma de agir, qualquer área do conhecimento humano. Também é utilizado – no cenário económico - para designar o fundador de uma empresa ou entidade, aquele que construiu tudo a duras custas, criando o que ainda não existia." (in wikipédia)

Esta é a definição que se pode encontrar no Wikipédia de um dos conceitos e um dos temas mais em voga na actualidade. Mas afinal, o que é ser empreendedor?

Na minha forma de ver as coisas, e uma semana antes de assistir in loco ás conferências da semana de empreendedorismo na Universidade do Porto, o empreendedor é aquele que faz acontecer. Isto é, o empreendedor é aquele que provoca uma mudança nos comportamentos/mentalidades até aí considerados normais e que de certa forma introduz algo de novo num processo de produção (seja ele qual for). Estamos portanto a falar de pessoas com uma maneira de pensar os processos diferente. Ora esta visão inovadora pode até falhar no objectivo de criação de lucros para uma dada organização, no entanto a visão está lá assim como todo um novo conhecimento "criado". Penso que é desta forma que melhor se pode definir o empreendedor, como aquele que "cria" novos conhecimentos e os aplica e executa na sua organização.

Ao pensar neste conceito, que tipo de características queremos ver nestas pessoas. Na minha opinião o elemento pessoal mais importante é a liderança, pois sem ela não se implementam ideias. No entanto, não considero que um líder seja necessáriamente um empreendedor. Simplesmente porque este pode fazer acontecer, mas no entanto sem acrescentar algo de novo ao processo em que está inserido, facto que é para mim de extrema importância na manobra empreendedora.

Assim sendo, é ao juntarmos os conceitos de liderança e de inovação no conhecimento que encontramos a melhor forma de definir e encontrar o empreendedor. Alguém que "cria" o conhecimento e o lidera durante a sua aplicação prática nas organizações em que está inserido.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Duas questões!

Depois de tudo aquilo que foi dito durante o dia de ontem acerca do caso Apito Dourado tenho duas questões que contextualizadas ridicularizam tanto o futebol nacional como a Dra Maria José Morgado. Senão vejamos:

1ª - Será que o FC PORTO de Mourinho, Campeão da Europa de Clubes, que eliminou o Manchester United e afins, teria algum problema em jogar com o Beira-Mar e o Estrela da Amadora?

2ª - Como é que uma testemunha, num determinado caso, é descredibilizada e não serve para defender um senhor, e num outro caso, já serve para reabrir um caso que foi arquivado e ainda para colocar o mesmo senhor a ser julgado?

Confesso-me realmente um TRIcampeão confuso...

terça-feira, 1 de abril de 2008

Apito Dourado???

Depois de ler este post tinha de o copiar, penso que expressa dignamente a opinião de todos os portistas:

"Depois de vários e intensivos meses (vá, minutos) de reflexão, cheguei a esta conclusão: o Apito Dourado não passa de mais uma estratégia para beneficiar o Futebol Clube do Porto.
Prova nº 1: Foi uma boa desculpa para o Pinto da Costa se livrar da outra.
Prova nº 2: Desde que o processo foi aberto, reaberto ou lá o que é, o FCP é sempre campeão. Escandaloso.
Prova nº 3: Só arranjaram dois jogos ridículos para levar Pinto da Costa, esse grande corrupto culpado pelo sistema que destrói o futebol português há quase 30 anos, a julgamento. Falarem desses beira-mar-FCP e FCP-estrela é gozar com a cara de quem não dorme até ver Pinto da Costa fora do Porto.
Prova nº 4: Curiosamente, nesse ano o FCP foi campeão europeu. Se isto não é um processo para fazer rir os portistas, não sei o que será.
Prova nº 5: Com o Apito, o gondomar e o boavista estão a atravessar graves crises financeiras e os de lá de baixo andam a comprar Adus e Farneruds. O FCP vendeu Deco, R. Carvalho, P. Ferreira, Maniche, Costinha, Pepe, Anderson, etc e tem Lucho, Lisandro, Quaresma, Bosingwa...
Prova nº 6: Foi preciso a testemunha menos credível do mundo para aquela senhora poder reabrir o processo. Não se arranjou melhor porque isto é tudo feito para ajudar o FCP.
Prova nº 7: Se nos anos do Mourinho o futebol português já estava torto, então neste ano em que se deu uma impulsão decisiva no processo, a coisa está mesmo preta lá para baixo.
Prova nº 8: O Apito não só ajudou o FCP, como serviu para os portugueses lerem mais livros e para dar um empurrãozinho ao cinema português. Foram horas e horas sempre a publicitar o Porto e o Pinto da Costa. Nem se fossem tricampeões tinham tanta atenção.
Prova nº 9: A nossa amiga CD da Liga juntou-se à festa, ameaçando retirar 3 ou 6 pontos ao FCP. Menos de 16 pontos tirados ao Porto e mais alguns dados a um certo clube - não vá o diabo (aka Guimarães) tecê-las - é um escândalo.
Prova nº 10: Não sei como vai acabar esta história. Só sei que adoro a palavra TRI"

Texto retirado de http://jornaldatripeira.blogspot.com/

Só um pedido: por favor tirem-nos os 6 pontos, não vejo nada melhor que festejar o título contra o Benfica no Dragão. E eu também adoro a palavra TRI.

1 de Abril...

Hoje é dia 1 de Abril, dia das mentiras. Como tal, decidi escrever acerca de uma das "mentiras" que mais impacto tiveram nas pessoas que a ouviram e presenciaram! Falo da "Guerra dos Mundos" de Orson Welles. Não é uma partida dos dia das mentiras, mas sim do dia de Halloween a qual passo a descrever.

Às oito horas da noite do dia das bruxas, em 30 de Outubro de 1938, Orson Welles começou a transmitir uma dramatização de "A Guerra dos Mundos" de H.G. Wells na estação de rádio CBS. Durante uma hora pequenos trechos de música eram interrompidos por flashes realísticos dos locutores de rádio, cada vez mais desesperados à medida que se descobriam e se relatava que explosões em Marte e meteoritos caídos na Terra eram, na verdade, uma invasão alienígena em pleno curso capaz de vaporizar nossas melhores defesas com 'raios de calor'. Sete mil homens marcharam contra uma única máquina de guerra marciana e pouco mais de uma centena de sobreviventes sobraram na trágica batalha em Grovers Mill, New Jersey. O nosso mundo estava a ser aniquilado, e essa era a partida de Halloween de Welles.

Milhares de pessoas que sintonizaram o programa um pouco depois e perderam o aviso inicial de que uma dramatização estava prestes a começar teriam que esperar quarenta minutos até que uma breve nota da CBS repetisse que o programa de rádio era... um programa de rádio. Nesse meio tempo podia-se ouvir directamente da frente de batalha, o ofegar nervoso dos locutores, os gritos da população, declarações de oficiais do governo americano que admitiam uma invasão alienígena ao mesmo tempo que pediam calma e até os sons aterrorizantes de destruição marciana.

O pânico dramatizado compreensivelmente tornou-se real, contrariando o inútil e fictício pedido do governo americano. As pessoas que ouviram trechos do programa começaram a fugir desesperadas para lugar nenhum, entupindo as vias de comunicação ou então tentavam esconder-se em celeiros. As mais corajosas carregaram as suas armas e saíam à procura dos monstros marcianos, mesmo que acabassem a disparar em caixas de água, razoavelmente parecidas com as máquinas de guerra alienígenas. Houve relatos de pessoas que afirmavam poder ver as nuvens de fumo dos campos de batalha, mesmo que os campos de batalha estivessem numa pacata noite de Halloween. Algumas pessoas até enrolaram toalhas molhadas à volta da cabeça na esperança de se proteger do gás venenoso marciano, ignorando os avisos de que nem máscaras de gás funcionavam. Talvez porque tenham dito que o gás era um fumo negro, alguns tenham imaginado que poderiam agir como num incêndio.

Às nove horas o programa terminava e Welles confortava o público assegurando que o mundo não tinha acabado e que tudo tinha sido uma brincadeira de Halloween. "... Nós não podíamos ensaboar as vossas janelas ou roubar os vossos portões do jardim até ao amanhecer ... então fizemos o melhor que podíamos. Aniquilamos o mundo mesmo em frente aos vossos ouvidos ...".